Por trabalhar na Justiça Eleitoral, evito citar nomes de políticos e/ou partidos políticos brasileiros (embora eu pudesse fazê-lo sem problema algum, pois sou um cidadão como outro qualquer: o Código de Ética do TRE/RJ não tem vedação nesse sentido, porque o fato de ser servidor público não retira minha liberdade de expressão).

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Enquanto isso, em Brasília...

1 - O crucifixo continua na parede do STF (onde sempre esteve e sempre estará);

2 - Os condenados pelo mensalão vão perder o mandato por determinação da Justiça, ficando a cargo do Legislativo apenas declarar tal perda, como eu sempre disse...

Está lá na decisão dos embargos de declaração de um dos condenados (destaquei):

"Os votos não deixaram qualquer margem de dúvida sobre a atribuição do STF sobre a matéria, CABENDO À CORTE A DECISÃO FINAL SOBRE A PERDA DO MANDATO, reservando-se à Câmara providência de cunho meramente declaratório sobre a perda."


sábado, 31 de agosto de 2013

O que é "estado laico'?

O Brasil não tem religião oficial e não proíbe religiões, não impõe o ateísmo e não o proíbe a ninguém. Isso é ser laico.

Tem gente que acha que ser "estado laico" é aquele onde não se acredita em Deus ou se luta contra Ele: isso seria estado ateu e não é esse o nosso caso, pois a introdução de nossa Constituição invoca a proteção de Deus:



"Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL."

Assim sendo, um abraço para quem não concorda e tenta impor o ateísmo a título de laicidade... democracia é assim: a maioria estabelece a regra do jogo e respeita os direitos da minoria.

Coisa mais simples não há.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Toda vez que falta luz o invisível nos salta aos olhos

Mais uma das geniais músicas de Humberto Gessinger com os Engenheiros do Hawaii...
Em tempos de um tal de "Sambô" estragando as músicas e de "Naldo Benny" fingindo cantá-las, vejam a qualidade do arranjo e da letra de "Piano Bar":
O que você me pede eu não posso fazer
Assim você me perde e eu perco você
Como um barco perde o rumo
Como uma árvore no outono perde a cor


O que você não pode, eu não vou te pedir
O que você não quer, eu não quero insistir
Diga a verdade, doa a quem doer
Doe sangue e me dê seu telefone


Todos os dias eu venho ao mesmo lugar
Às vezes fica longe, difícil de encontrar
Mas quando neon é bom
Toda noite é noite de luar


No táxi que me trouxe até aqui
Julio Iglesias me dava razão
No clipe Paul Simon "tava" de preto mas, 

Na verdade não era não
Na verdade, "nada"
É uma palavra esperando tradução.


Toda vez que falta luz,
Toda vez que algo nos falta
O invisível nos salta aos olhos
Um salto no escuro da piscina
O fogo ilumina muito, por muito pouco tempo

Em muito pouco tempo
O fogo apaga tudo,
Tudo um dia vira luz
Toda vez que falta luz,
O invisível nos salta aos olhos


Ontem à noite, eu conheci uma guria
Já era tarde, era quase dia
Era o princípio num precipício
Era o meu corpo que caía


Ontem à noite, a noite tava fria
Tudo queimava, nada aquecia
Ela apareceu, parecia tão sozinha
Parecia que era minha aquela solidão


Ontem à noite eu conheci uma guria que eu já conhecia
De outros carnavais, com outras fantasias
Ela apareceu, parecia tão sozinha
Parecia que era minha aquela solidão


No início era um precipício
Um corpo que caía
Depois virou um vício:

Foi tão difícil
Acordar no outro dia...


Ela apareceu, parecia tão sozinha
Parecia que era minha aquela solidão
Parecia que era minha.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

O Papa é top

Embora eu não seja católico e não concorde com muitos postulados de tal religião, penso que não há como não se entusiasmar com os exemplos dados pelo Papa Francisco, principalmente após a Jornada Mundial da Juventude, acontecida no Rio de JaneiroTanto carisma certamente vai aumentar o número de fiéis da Igreja e trazer de volta muitos que estavam afastados, muito mais do que qualquer padre bonitinho metido em roupas de grife posando de popstar.

A Igreja Católica é uma instituição secular, bastião de muitas tradições ligadas à família, sobre as quais nossa sociedade foi construída, pois os católicos sempre foram e são maioria no Brasil. Embora seja importante se adequar aos novos tempos, neste planeta "modernoso" demais uma dose de conservadorismo não é ruim para a Igreja, pois alguém bater de frente com os exageros do mundo atual e é nesse sentido que o Papa fala que hoje em dia "é preciso mais simplicidade". 

Mas não se iludam: o Papa Francisco não mudará a Igreja pelo avesso, como querem alguns (quando seu antecessor abdicou do Trono de Pedro escrevi "E Bento XVI disse: xeque-mate!") e não é adepto da "Teologia da Libertação" (o próprio Leonardo Boff disse isso: leia), como acreditam outros. Sendo ele um franciscano é evidente que seus hábitos serão simples e seu discurso será em favor dos pobres (acho apenas que ele deveria se preocupar mais com sua segurança): assim ele tem feito mudanças nos corações e mentes das pessoas dentro da Igreja e pelo mundo todo e aí está seu mérito, pois assim surgirão as necessárias atualizações da instituição, que poderão influenciar o mundo. 

Chamou a atenção o fato de que jovens católicos do mundo inteiro estiveram durante uma semana reunidos com seu maior líder e não houve uma só palavra de censura a qualquer outra religião. Sabiamente o Papa pregou a união de todos pelo bem da humanidade e em nenhum momento insinuou que quem não é católico "não conhece Jesus", é "do mundo"ou coisa que o valha. Interessante: os católicos, maioria no Brasil, não demonstram querer oprimir a minoria, mas muitos representantes de minorias agem como se tivessem exclusividade no trato das coisas de Deus...

Ontem foi exibida pela Rede Globo uma entrevista exclusiva concedida pelo Papa, coisa que não acontece todo dia (critiquem a Globo agora! Rsrsrs): ele parece um velho amigo de todos nós. Um homem exemplar, inteligente, atuante, determinado, incansável... incomparável. Se nos anos 80 João Paulo II levou o filósofo Humberto Gessinger a dizer "o Papa é pop", Francisco nos leva a uma conclusão em 2013: o Papa é top!!!

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Bem-vindo ao mundo adulto

Em 1989 o Biquini Cavadão fez sucesso cantando as dificuldades de quem chega aos 18 anos. Não é uma música exatamente bonita, mas reflete um choque de realidade:

Você vem e chega com esse papo de que o mundo é tão feio
A vida é tão cruel
Há quanto tempo isso já não é novidade
Passada certa idade você tem, tem nojo de tudo

Eu digo:
Bem-vindo ao mundo adulto
Não creia em ingenuidades
Amigos sempre fomos, negócios sempre à parte
Você que descobriu tudo isso um pouco tarde

Você agora é que vem com esse papo:
"Está tudo um tédio, não tenho um programa"
Rima tudo com remédio, depois ganha uma grana
Ainda te acho sincero, mas não perdoo os seus erros
Aguente agora os conchavos, as trocas de favores, jabás e chantagens
Você esta formalmente apresentado à falsidade

Eu digo:
Bem-vindo ao mundo adulto
Não creia em ingenuidades
Amigos sempre fomos, negócios sempre à parte
Você que descobriu tudo isso um pouco tarde

Coitadinho de você, não sabia o que fazer
Olha o mundo a sua volta, só acredita na revolta
Não sabe uma oração?
O que está a sua volta nunca mais se interrompe:
Nada se cria, tudo se corrompe, bem-vindo ao mundo adulto...

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Não se veta Lei, gente: veta-se Projeto de Lei...

O DO de Campos trouxe-nos hoje o veto a um projeto de lei por inconstitucionalidade. Tudo bem, isso é coisa do cotidiano da Administração: 


Mas observe que há um erro crasso: o que aparece como tendo sido objeto do veto é a "lei nº 8.356", não o Projeto de Lei nº 39/2013enviado pela Câmara Municipal à Chefia do Executivo no mês passado. Ora, se de acordo com o art. 66 da Constituição da República PROJETO só se torna LEI depois da SANÇÃO e se esta não ocorreu em virtude do veto, há erro técnico: vetado fica o projeto, não a lei!!!...

Para quem é leigo fica uma dica: na página 43 da cartilha "Como um Projeto se torna Lei na ALERJ" há o detalhamento do exposto acima. Vejamos também o que diz a Lei Orgânica do Município:

Art. 45 - O PROJETO aprovado será, no prazo de 10 (dez) dias úteis, enviado pela Mesa da Câmara, como autógrafo, ao Prefeito, que, concordando, o sancionará e promulgará, no prazo de 15 (quinze) dias úteis.

Art. 46 - Se o Prefeito julgar o PROJETO, no todo ou em parte, inconstitucional, ilegal ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á (...).

Pelo que observei tal erro já é cometido há algum tempo em nossa cidade, mas dá pra consertar das próximas vezes, né?

Música de primeira qualidade

Cresci ouvindo as músicas desse cara: nem preciso escrever nada... basta ouvir.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

O poder emana do povo... e o peixe morre pela boca!

Vimos a História acontecer na semana passada e, a não ser que algo seja feito de forma efetiva, teremos visto um capítulo inerte de nossa História: se é para se convocar uma Constituinte, que seja não um engodo, um tapa-buraco, um faz-me-rir, uma meia-bomba e sim uma Assembleia Nacional Constituinte, onde se poderá rediscutir os rumos da sociedade brasileira e recriar o país. Acredite: é a atual Constituição que impede a verdadeira mudança. 
Vamos refundar o Brasil tendo por base não o direito de um indivíduo acima do direito de toda uma coletividade (que é o que acontece hoje e eis aí a chave de todos os problemas), mas criando as bases para um efetivo combate à corrupção, a busca de Saúde e Educação de qualidade, dentre outras pautas de interesse do povo (eu disse do povo, não dos que detém o poder, quer econômico, quer político)
Vamos mudar conceitos, estabelecer que aos 16 anos já se tem absoluta noção do que é ou não uma conduta criminosa, limitar quantidade de recursos, bater o martelo contra a politicagem, a roubalheira, a safadeza! Vamos explicitar que Executivo e Judiciário não podem legislar em lugar do Legislativo e prever cassação de registro para quem fizer propaganda eleitoral extemporânea! 
Vamos debater com a sociedade conceitos e pautas como família, casamento, liberdade de expressão e de culto, voto obrigatório, combate à violência e tantos outros que fazem parte da vida do país. Vamos colocar na Constituição que todo brasileiro é igual e não pode ter menos nem mais direitos devido à cor de sua pele, orientação sexual, gênero ou qualquer outra escolha que ele venha a fazer para sua vida particular! 
Coloquemos lá na Lei Maior que o direito da sociedade está acima do direito individual (não vá algum maluco achar que defendo atos extremos: defendo apenas o fim das frescuras jurídicas). Vamos debater os limites para o que se convencionou chamar de "igualdade material", "princípio da proibição de retrocesso" e "mutação constitucional", que acabaram virando cartas brancas para se fazer qualquer coisa! 
É hora de pensar no povo, não em revanches. Se até agora as manifestações não tinham um norte específico, um tema, uma pauta, eis aí o mote para se dar um xeque-mate nas velhas estruturas do país, hoje travestidas de "modernas", tal qual um lobo em pele de cordeiro. E foi o próprio lobo quem deu a sugestão...
Essa eu quero ver.

O discurso fácil do "100% dos royalties para a educação"

Sou contra a ideia de que 100% dos royalties têm que ir para a educação: isso é discurso fácil. Se a pessoa não tem opinião sobre o assunto basta cravar "100% dos royalties para a educação!" que fica "bem na fita". Afinal, quem é contra a melhoria da educação? Ninguém! 

Quem se manifestar contra a ideia corre um sério risco de ser tido como alguém que torce contra o futuro do país, mas o fato é que as demandas sociais em nosso país não se resumem à área educacional. O Brasil tem problemas sérios também nas áreas de saúde, infraestrutura, transporte, emprego, ascensão social e muitas outras. 

Aqui milhões de pessoas dependem de dinheiro público para viver e isso não é acabar com a pobreza: é perpetuá-la! E, de quebra, ainda cria um curral eleitoral.

Talvez seja mais importante especificar que royalties não podem ser gastos em publicidade, compra de apoio político, pagamento de bajuladores para a aparelhar a máquina estatal, embelezamento de residências oficiais, corrupção etc...

Sou a favor de que 100% dos royalties sejam empregados visando o bem da sociedade brasileira, nas áreas necessárias. 

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Vivendo o mico

Antes falava-se do mico que seria a Copa no Brasil... Aliás, eu disse isso no meu antigo blog assim que fomos "escolhidos" (o Brasil foi candidato único) o país-sede.

A falta de estrutura em nosso país, o superfaturamento dos estádios, o furto à seleção da Espanha, delegações querendo ir embora, o apedrejamento do ônibus da FIFA e o vandalismo dos últimos dias (falo dos idiotas que estragam as manifestações, não do povo que ordeiramente tem se manifestado, pois estes estão de parabéns: sem vandalismo as manifestações têm o apoio de quase todos), fazem com que estejamos vivendo um mico histórico. O Brasil é maior que isso!!!

O vídeo abaixo, feito por uma jovem brasileira que mora nos EUA chamada Carla Dauden, é quase obrigatório e mostra a vergonha que é, num país capitalista pobre como o Brasil*, uma Copa do Mundo tão cara e o povo tendo que ir para a rua protestar contra a corrupção. Veja até o fim:


OBS: a única coisa errada no vídeo é que a moça fala que "índios foram expulsos do lugar que costumava ser a casa deles", o que não é verdade: o local estava abandonado há mais de trinta anos e o que menos tinha lá era índio). Quanto ao restante, concordo com tudo.

* Verso de Gabriel, O Pensador, em "Retrato de um Playboy".

terça-feira, 14 de maio de 2013

Metamorfose ambulante

Caros leitores:

Para que eu possa me dedicar mais aos estudos e a pensar sobre alguns projetos pessoais vou dar uma sumida por algum tempo.

Agradeço a todos pela paciência com meus escritos. 

Qualquer dia desses a gente "se fala".

Obrigado mesmo!!!

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Crueldade contra um animal indefeso

Na reportagem de Roberta Salinet para a RBS TV há um vídeo onde uma mulher foi filmada agredindo um inofensivo filhote de poodle e, pior, ensinando a uma criança que é assim que se deve agir...

Confesso que não tenho estômago para ver coisas desse tipo e por tal motivo não incorporei o vídeo a esta postagem. Escrevo para mostrar que neste caso sim temos a necessidade de se punir a maluca que faz uma coisa dessas. 

Sim, sou contra exageros como se querer atribuir pena maior a quem maltratar animais do que para quem fizer isso com pessoas, mas o caso é emblemático: ela não agrediu um cachorro bravo e traiçoeiro que estava prestes a gerar algum perigo a alguém da família (mostrei um caso desses aqui) e sim o filhotinho que está na foto acima, que nada poderia fazer de mal a qualquer pessoa... mas o pior é incutir na cabeça de uma criança que isso está certo.

domingo, 12 de maio de 2013

Sincero como não se pode ser

Este é um blog de opiniões. Se certas ou erradas não sei, mas são as minhas opiniões.

As postagens não são a "tradução da verdade": apenas refletem o pensamento do autor. 

Os escritos podem agradar ou desagradar a quem lê: se nosso Senhor Jesus Cristo não agradou a todos, não teria eu a ilusão de chegar a tanto...


O título da postagem é um dos versos de Humberto Gessinger em "Refrão de Bolero", gravada pelos Engenheiros do Hawaii no disco "A Revolta dos Dândis", de 1987.

Amor que não se mede

sábado, 11 de maio de 2013

Comissão da Revanche: "pérolas aos porcos"

A tal "Comissão da Verdade"  que só investiga um lado da "verdade"  mostrou ontem ao país um deprimente espetáculo (veja aqui) que foi o retrato da expressão "pérolas aos porcos": 34 anos após uma lei ter anistiado a TODOS que participaram de atos violentos durante a ditadura, um torturador aposentado que agia sob ordens e nega as inegáveis evidências de tortura foi ouvido por uma comissão que não pode puni-lo  até porque nem a Justiça pode... 

O artigo 1º da Lei da Anistia (Lei 6683/89), com destaques nossos:

"É concedida anistia a TODOS quantos, no período compreendido entre 02 de setembro de 1961 e 15 de agosto de 1979, cometeram crimes políticos ou conexo com estes, crimes eleitorais, aos que tiveram seus direitos políticos suspensos e aos servidores da Administração Direta e Indireta, de fundações vinculadas ao poder público, aos Servidores dos Poderes Legislativo e Judiciário, aos Militares e aos dirigentes e representantes sindicais, punidos com fundamento em Atos Institucionais e Complementares." 

Que havia tortura até as pedras do calçadão sempre souberam. Que em razão da anistia não pode mais haver punição todo mundo que sabe ler e quem viveu o período anterior à anistia, em 1979, já sabia (o que foi confirmado pelo STF em 2010 – leia): o que querem esses senhores, então, além de "jogar para a torcida"? Quando do julgamento da questão no Supremo o Ministro Cezar Peluso disse:

“Só uma sociedade superior qualificada pela consciência dos mais elevados sentimentos de humanidade é capaz de perdoar, porque só uma sociedade que - por ter grandeza - é maior do que os seus inimigos, é capaz de sobreviver.”

Essa comissão foi criada por puro revanchismo e isso não ajuda o país a se reencontrar com a sua História quase trinta anos após o fim da ditadura militar. Claro, sou favorável a que se dê uma satisfação às famílias das vítimas da ditadura, mas penso que isso deveria ser feito sem o estardalhaço que caracteriza o agir de certos grupos, porque esse pessoal nunca foi chegado à democracia: apenas a aturam e a usam como instrumento de perpetuação no poder.

Leia "A Comissão da Revanche", escrita em agosto do ano passado.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Brasil começa a pagar mico um ano antes da Copa

Arte e fotos: Globo Esporte
Na Roma Antiga garantia-se a "felicidade" do povo recorrendo-se à política do "pão e circo". No Brasil de 2013 a fórmula é a mesma (acrescentando-se os "bolsa-votos" que temos por aí): construíram estádios novos, reformaram outros... gastamos bilhões de reais de dinheiro público para agora entregar os estádios de mão beijada para particulares, tal como aconteceu com o Engenhão, em 2007.

Só esqueceram de ler o caderno de exigências da FIFA!!! A determinação é de que os bancos de reservas têm que ficar no mesmo nível do solo, mas nossos competentes organizadores construíram as "arenas" fora do padrão exigido e agora terão que fazer reformas em seis estádios para a Copa das Confederações. 
Leia a respeito aqui e  aqui.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Nem Jorge salva

Agora dá para entender o porquê da novela "Salve Jorge" ser tão desconexa: o ator Rodrigo Lombardi, o PasThéo, disse há pouco no programa de Ana Maria Braga que a produção foi à Turquia antes do começo da novela e gravou várias cenas, inclusive algumas do capítulo 100 e que ele próprio perguntou à autora, Glória Perez como isso seria possível, pois nem ele estava entendendo. 

Dizendo tratar-se de "uma mecânica muito louca", Lombardi contou que Glória respondeu dizendo "façam do jeito de vocês que eu me acerto depois". Não acertou...

Ana Maria - que pelo jeito não vê a novela - disse que a personagem "Morena", interpretada pela fraquíssima Nanda Costa (apelidada como "Nada Consta")  "cresceu durante a trama"... Como, se começou protagonista e foi atropelada pela personagem de Giovana Antonelli, a delegada Helô, que antes era coadjuvante e passou, na prática, a protagonista???

Nessa novela tudo é ruim: enredo, personagens, protagonista, autora... o casal principal "não dá liga"; as falhas de continuidade são gritantes; a história não tem nexo; policiais turcos que nunca vieram ao Brasil falam português fluente; a Polícia brasileira se mete em crimes que acontecem na Turquia que, como sempre, fica logo ali....

Mas o ponto alto é o fato de, fora o nome da novela, São Jorge continuar praticamente esquecido na trama...

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Todo mundo já quis mudar o mundo...

Quando Cazuza lançou o clip de "Ideologia" há 25 anos, no Fantástico, foi sucesso absoluto.
Mais um clássico para relembrar ou conhecer, conforme o caso:

Meu partido / É um coração partido / E as ilusões / Estão todas perdidas
Os meus sonhos / Foram todos vendidos / Tão barato que eu nem acredito

Ah! Eu nem acredito... / Que aquele garoto / Que ia mudar o mundo /
Frequenta agora as festas do "Grand Monde"...

Meus heróis morreram de overdose / Meus inimigos estão no poder
Ideologia: eu quero uma pra viver!

O meu prazer / Agora é risco de vida / Meu 'sex and drugs' / Não tem nenhum rock'n roll
Eu vou pagar a conta do analista / Pra nunca mais / Ter que saber quem eu sou

Pois aquele garoto / Que ia mudar o mundo
Agora assiste a tudo / Em cima do muro...

terça-feira, 7 de maio de 2013

Mais uma vez: pit bull mata a própria dona

Vira e mexe vemos notícias de pit bulls que agrediram e feriram seriamente ou mataram pessoas, mas há quem diga que eles são "mais confiáveis" do que poodles... só que eventuais ataques de poodles não matam! No mês passado um pit bull atacou e matou sua própria dona (o fato ocorreu no interior de São Paulo: leia). Como é comum em casos assim, o animal foi levado para um centro especializado, ficando isolado e em observação, inclusive sendo filmado. Evidentemente o animal estranhou o ambiente e emagreceu após alguns dias.

A cada dia que passa a inversão de valores no Brasil é maior. Como se não bastasse algumas ideias de jerico que criam uma lei que pune mais severamente quem agredir animais (também sou contra) do que quem agredir uma pessoa, neste caso uma ONG (sempre elas!) fez uma campanha espalhafatosa pelas redes sociais reclamando de maus-tratos ao bichinho e, claro, mesmo sendo desmentida, aproveitou para pedir doações. Sobre a pessoa morta pelo cão não disseram sequer uma palavra, como já era de se esperar... 

Como acredito que cada pessoa é livre para defender aquilo que quiser, digo o que penso:  fico a me perguntar como os defensores desse tipo de fera explicarão tal ataque (eles têm o direito de defender esse tipo de fera, claro. Tenho amigos que o fazem: sem problema!), se a mulher era tão apaixonada pelo "bichinho" que na capa do perfil dela no Facebook havia uma foto dele? O bicho era considerado um integrante da família e mais bem tratado do que muita gente por aí...  

Se esses bichos fazem isso com quem estão acostumados, imagina com quem eles não conhecem... Teria a vítima - como sempre argumentam - "ameaçado", "maltratado", "feito algum gesto ou movimento brusco" que levou o ingênuo e manso cachorrinho, coitado, a "se defender" e matar a própria dona? Não precisa entender muito do assunto para ver que trata-se de uma tendência desses animais e é por isso que coisas assim sempre acontecem: é a natureza sanguinária deles

OBS: tenho dois cachorros, ambos pequenos e bobalhões: não quero virar refém dos meus próprios animais. E eu os trato bem, mas como animais que são, não como gente (tenho horror a isso!).

segunda-feira, 6 de maio de 2013

A imprensa precisa preservar a liberdade de imprensa

Não é de hoje que há no Brasil quem pretenda acabar com a imprensa que cumpre seu papel de noticiar o que acontece no país e prefira implantar unicamente a imprensa bajuladora, disfarçada de "mídia democrática". 

Isso é coisa de ditadura, de quem quer usa a democracia para acabar com a democracia, como aconteceu na Venezuela. Foi em nome do povo que cabeças foram cortadas na França; milhões morreram na antiga União Soviética; implantou-se a ditadura no Brasil... e que milhões foram mandados para as câmaras de gás (argumento: o "progresso da ciência") na Alemanha: tudo em nome do povo e com o aplauso da imprensa, vendida aos "ideais progressistas", como em Cuba...


Não se iludam: o pensamento único representado pela tal "regulamentação da mídia" só se presta à criação daquilo que chamo de uma espécie de 'Politburo midiático', que dá espaço para a perpetuação de grupos no poder e vai minando a democracia. Sobre isso escreveu o jornalista Reinaldo Azevedo aqui:

"O único alimento da imprensa independente é a independência. Os autoritários da América Latina, que atuam em rede, estão cada vez mais assanhados. A imprensa livre está hoje debaixo de porrete na Nicarágua, na Venezuela, no Equador, na Bolívia, na Argentina e, sim, senhores!, no Brasil. A pressão, por aqui, para “regulamentar a mídia” é grande. 

Enquanto os fascistoides não avançam, o dinheiro público das estatais e do próprio governo federal financia o subjornalismo da difamação. 
Deem mole (...) para vocês verem o que acontece: acabarão metendo o dedo no nariz dos acionistas das empresas de comunicação, mais ou menos como já fazem em algumas outras áreas da economia."

E assim se gastam rios de dinheiro público para se enfeitar o pavão e grande parte da imprensa brasileira, a cada dia mais, vai se rendendo e se vendendo à tentação daquilo que será o seu fim: a subserviência, em lugar da independência

Claro, não é preciso ser jornalista para defender a liberdade de imprensa: basta ser cidadão.

"Quando os nazistas vieram buscar os comunistas eu fiquei em silêncio: eu não era comunista. 
Quando eles prenderam os sociais-democratas eu fiquei em silêncio: eu não era um social-democrata. 
Quando eles vieram buscar os sindicalistas eu não disse nada: eu não era um sindicalista. 
Quando eles buscaram os judeus eu fiquei em silêncio: eu não era um judeu. 
Quando eles me vieram buscar, já não havia ninguém que pudesse protestar."
Martin Niemöller

domingo, 5 de maio de 2013

O time da estrela indiscutível

O Botafogo sagrou-se campeão carioca mostrando aos rivais - principalmente ao meu Vasco, que se acovardou na decisão da Taça Guanabara - como se deve jogar uma decisão: mesmo tendo a vantagem do empate, partiu para cima do Fluminense e foi o campeão indiscutível de 2013.

Com um time que tem o superastro Seedorf, o competente treinador Oswaldo Oliveira e vários bons jogadores como Jefferson, Renato, Andrezinho, Fellype Gabriel e Lodeiro, o campeão soube mesclar a experiência e a juventude de seu plantel, jogando um futebol objetivo e bonito durante todo o torneio e por isso mereceu as três taças do Estadual 2013: parabéns a todos os botafoguenses!

quinta-feira, 2 de maio de 2013

O mal do esperto é pensar que todo mundo é otário

No mês passado terminou o prazo para quem havia faltado a três eleições consecutivas regularizar sua situação junto à Justiça Eleitoral (detalhes aqui). Veja na foto ao lado como ficou a fila no dia 24 de abril em Campos, em reprodução de imagem da InterTV.

Tendo em vista esse fato, no dia final (25/04) tomei a iniciativa de ir trabalhar uma hora mais cedo, para orientar as pessoas e tentar evitar problemas na fila, por causa do movimento muito acima do normal: com muita gente no mesmo lugar, em pé, no sol (isso é inevitável, dada a posição do prédio e o horário de abertura, às 11;00 h), no calor e com a fila dobrando o quarteirão os ânimos podem se exaltar e ninguém quer notícias ruins. Não sou "bonzinho": é melhor ir mais cedo e dar atenção às pessoas do que ficar esperando algum problema acontecer...

Ao chegar para organizar a fila, a primeira pergunta que ouvi foi se havia "prioridade", ao que respondi que sim, por se tratar de órgão público. Assim, dirigi-me às pessoas e falei que quem tivesse mais de sessenta anos poderia passar a frente dos demais, desde que apresentasse a identidade comprovando ter tal idadePara minha surpresa algumas pessoas desistiram de usar a "prioridade". Poucos se apresentaram para tanto e muitos dos que inicialmente tinham se animado simplesmente deixaram a ideia de lado...

Depois uma senhora que aparentava uns 50 anos me perguntou se havia prioridade para grávidas, ao que evidentemente respondi que sim, perguntando onde estava a grávida. Ela, forçando a barriga para a frente, disse que era ela própria, que a olhos vistos não estava grávida, o que ficou ainda mais perceptível quando vi o olhar de surpresa das pessoas ao redor. Perguntei se ela tinha um atestado médico ou outra coisa que  comprovasse a gravidez: ela, sem graça, ao menos me respondeu e afastou-se fingindo não ter entendido o que perguntei...

Numa outra situação uma moça acompanhada de uma criança que aparentava uns cinco anos de idade pediu prioridade por estar com a criança no colo. Respondi que por lei a prioridade era para crianças "de colo" e não "no colo" e que ela teria que aguardar sua vez na fila e ela também não questionou.

Talvez todos esses episódios demonstrem que muitas pessoas estão acostumadas a fingir que têm mais de sessenta anos, ou que estão grávidas ou a colocar seus "bebês" de cinco anos no colo, sempre visando conseguir benefício que sabem não ter direito. Tanto não tinham direito que ao menos defenderam suas posições.

Em bancos já cansei de ver tais armações, pois os funcionários têm medo de pedir aos clientes a identidade, sob o argumento de que "a pessoa pode processar" o banco. Já questionei situações que geravam dúvida e sempre ouvi essa mesma resposta. Hoje em dia não falo mais nada, porque não quero ser tachado de "idosofóbico", "criança-no-colofóbico" nem de "gravidofóbico" (só questionei quando a pessoa não aparentava - e muitas vezes não tinha - mais de 60 anos ou estar grávida). Rsrsrsrs... 

Claro, há casos em que é evidente a idade da pessoa, a gravidez ou que se trata de um bebê que precisa ficar no colo. Tudo é uma questão de bom senso, de parte a parte: processar não é ganhar! Se a pessoa for tratada com educação e seriedade, quero ver se consegue provar honestamente ter sido ofendida...

Se o motivo da diferença em favor de determinadas pessoas é justamente a idade, nada mais óbvio do que pedir a identidade para comprovar o que se alega. Se a mulher engravidou ontem e ainda apresenta aquela barriguinha negativa estilo Nicole Bahls não dá para reclamar se alguém duvidar que ela está grávida (cá entre nós: o caro leitor já viu alguma grávida normal que não ande com um monte de receitas e exames médicos na bolsa?). Se a criança já é grande e não precisa de colo não há razão para qualquer tratamento diferenciado. Em todos esses casos é preciso lembrar que a vontade da lei não é fazer que as pessoas seja passadas para trás e aceitem isso passivamente, pelo simples fato de que a lei não estabelece iniquidades.

Tenho certeza de que tratei a todos com igualdade e sem privilégios. Ninguém questionou o que falei. Ninguém disse que iria me processar... Por que será? Porque assim como "o mal do esperto é pensar que todo mundo é otário", é certo que "quando a esperteza é grande demais, vira bicho e engole o esperto".

terça-feira, 30 de abril de 2013

Caxirolândia 2014 - "imagina o mico" 2: a pérola das ciências de baixa tecnologia

Pelo jeito o pessoal da redação da revista Veja leu a postagem que fiz ontem sobre a "Caxirolândia" antes de escrever a reportagem "Caxirola vira mico" ... kkkkkkkkkk

Veja aqui que Brown já está ensaiando com essa coisa há algum tempo. Só falta combinar com as outras milhares de pessoas que estarão nos estádios e torcer para que os argentinos não levem caxiroladas na cabeça durante a Copa... kkkkkkkk

A propósito, um vídeo educativo sobre o tema e depois eu volto:



Se a chuva de caxirolas tivesse acontecido em outro lugar que não a Bahia, Carlinhos Brown já teria dito que em Salvador não seria assim, que na Bahia o povo tem mais identificação com a música, que o sentido telúrico da vida do baiano se ligaria no som de "onda do mar" do instrumento...

Aliás, por falar em justificativas viajantes para a caxirola, vejam o que a Presidente da República disse em defesa do caxixi metido a besta que Brown patenteou (agora eu entendi!)... uma pérola das ciências de baixa tecnologia:

"A caxirola também tem um sentido transcendental de cura, enfim, de paz com o mundo, de estar de fato em sintonia com a natureza e com todos os orixás."

Agora, com essa explicação científica, todo mundo entendeu!!! Kkkkkkkkk

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Caxirolândia 2014: "imagina o mico"

Um país que coloca em importante plano a invenção de um instrumento banal para ser a "segunda vuvuzela" (aquele instrumento irritante que marcou todos os jogos da Copa de 2010, na África do Sul e que foi proibido nos estádios da Europa) não pode ser um país sério, como disse - com razão - Charles de Gaule. 

Com Carlinhos Brown à frente do projeto (aqui ele usa caxirolas para tocar o Hino Nacional para a Presidente da República) foi fácil dizer que se trata de algo genuinamente novo, brasileiro, popular, cultural. Veja o ufanismo e a megalomania no texto politicamente correto usado pela empresa Braskem, que fabrica o plástico usado no instrumento, justificando a "criação" (serão fabricadas mais de 100 milhões dessas: só a Braskem vai se dar bem!)

"A caxirola (...) foi idealizada para se tornar o objeto da expressão das torcidas em 2014, não só em 2014, mas sim um legado sociocultural e musical para o Brasil. É um instrumento 100% brasileiro, criado por Carlinhos Brown em parceria com a The Marketing Store, empresa especializada em produção em larga escala. A Caxirola é produzida com plástico verde de cana de açúcar brasileira e leva o selo "I'm greenTM", que certifica sua origem renovável."

Já fui percussionista (embora quase ninguém acredite!) e pessoalmente gostei do som da caxirola, que nada mais é do que o nosso velho, bom e conhecido caxixi, só que melhorado: não ouve invenção alguma, penso. Mas a caxirola não foi projetada para ser usada em shows por percussionistas ou em rodas de capoeira, mas por milhares de pessoas dentro de um estádio de Copa do Mundo, sem que elas saibam usar o instrumento... vai criar um barulho insuportável! 

Provo o que digo: ouça o som das caxirolas quando tocadas por Carlinhos Brown  e o barulho que elas fizeram ontem no Bahia X Vitória, na Fonte Nova, com o estádio ainda vazio, no primeiro jogo em que foram distribuídas aos torcedores...




Caro leitor: agora imagine seus filhos e netos correndo pela casa com esses chocalhos nas mãos... kkkkk

Em breve começarão a dizer que as críticas são "preconceito" contra o Brasil. Observe que  sou brasileiro e não tenho preconceito contra meu país: tenho opinião, exatamente como podem ter os estrangeiros. Se eles não concordarem conosco é direito deles, não algum tipo de discriminação. 

Tal como ocorreu com o inusitado tatu-bola Fuleco, a primeira impressão não foi boa. Repare nos vídeos acima que a quantidade de "não gostei" é muito superior à do "gostei" e tal manifestação é espontânea. Há críticas no Brasil (aqui) e na semana passada o jornal inglês "The Guardian" publicou reportagem de John Croce (veja)

"Depois da vuvuzela a caxirola (...) se você achou que as vuvuzelas eram ruins, espere até ouvir a caxirola (...) um pedaço de plástico reciclado verde e amarelo - pequeno o suficiente para caber numa das mãos - que parece um pouco com uma pequena granada de mão, mas que produz um inofensivo e não muito alto som de chocalho".


O que sempre marcou nossas arquibancadas foi a batucada. Em vez de lutar junto à FIFA (dona da festa, que é quem pode mandar no espetáculo) para que essas marcas registradas - e espontâneas - se mantivessem, o Brasil investiu nessa coisa chamada "caxirola", que acaba servindo como forma de "protesto" e o povo joga no gramado para o mundo inteiro ver o quanto somos civilizados e estamos preparados para sediar uma Copa do Mundo: "imagina o mico"...


OBS: e olha que nem falei das más condições dos aeroportos, da falta de infraestrutura, dos superfaturamentos nas obras dos estádios, da falta de transporte público adequados, das poucas vagas em hotéis, do caos no trânsito, do "engarrafamento de trios elétricos" etc... kkkkkk

ATUALIZAÇÃO ÀS 19:29 h DE 30/04/13:
Pelo jeito a reportagem da revista Veja leu a postagem acima e escreveu "Caxirola vira mico - e Brown pode perder jogada bilionária"... kkkkkkkkkk