Por trabalhar na Justiça Eleitoral, evito citar nomes de políticos e/ou partidos políticos brasileiros (embora eu pudesse fazê-lo sem problema algum, pois sou um cidadão como outro qualquer: o Código de Ética do TRE/RJ não tem vedação nesse sentido, porque o fato de ser servidor público não retira minha liberdade de expressão).
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segunda-feira, 31 de julho de 2017

"Roubado é mais gostoso": o apito amigo de fé

A indecente campanha de parte da arbitragem em favor do time carioca que se vangloria de ganhar roubado não para: não bastassem as já costumeiras reclamações e auxílios externos ("vão consultar a gente de novo!") que sempre fazem os apitadores voltarem atrás nas marcações de pênaltis contra a dita equipe, agora inventaram o impedimento reverso:

É impressionante que uma equipe de arbitragem de série A cometa um erro tão infantil: o árbitro chegou a dar o gol do Corinthians que decretaria a derrota do tal time de massa, mas voltou atrás e anulou um tento onde o impedimento foi de -3,2 m, segundo a ESPN: é o impedimento reverso! A coisa é orquestrada para favorecer o time que tem a simpatia da Rede Globo!

Há poucos dias o Santos FC perdeu a chance de ficar com a vaga na semifinal da Copa do Brasil porque o árbitro - que estava a uns 5 metros da jogada - resolveu, mais de 1 minuto depois, dar ouvidos ao 4º árbitro (que estava a uns 30 metros do lance), sob o argumento de que o ângulo de visão dele era melhor... 

Só esqueceram de combinar isso com o fotógrafo que registrou a cena ao lado, que mostra que a distância do 4º árbitro era grande e que ele estava encoberto. Pergunta: por que motivo ele esperou mais de um minuto para "auxiliar" o árbitro? Por que motivo os erros de arbitragem (ou seus "consertos") sempre beneficiam o time rubro-negro, como no jogo contra o Avaí em Florianópolis?


Como diria Boris Casoy: "Isso é uma vergonha!"

quinta-feira, 27 de julho de 2017

Homem feminista é 'desmimizado' por mulher machista

A ESPN é um canal que tem perdido muita audiência por causa do "progressismo" de alguns de seus comentaristas (como no caso da Copa 2014: a expressão "elite branca paulistana" que vaiava a então Presidente, foi criada lá). Como tem ocorrido em toda a imprensa, os caras forçam demais a barra para tentar fabricar polêmicas (embora, claro, não abram mão de gordos salários).

Sorte da sociedade é que nem todos se rendem às idiotices politicamente corretas, como no caso abaixo: ao entrevistar Leila Pereira (dona da Crefisa e da Faculdade das Américas, patrocinadoras do Palmeiras), o apresentador João Carlos Albuquerque, o "Canalha" foi dar uma de defensor das mulheres e perguntou como ela conseguiu "superar as barreiras num mundo tão machista". Ela bateu de frente com o mi-mi-mi e disse, "mitando":

"Há duas respostas para essa pergunta. Se você quiser que eu seja politicamente correta eu vou dizer que a mulher é frágil, que é tudo um absurdo etc - o que eu não faço, porque não sou politicamente correta e falo a verdade: eu nunca tive problema por causa disso. Tanto não tive que fui a mulher mais votada (para o Conselho Deliberativo) da história do Palmeiras, uma mulher. Se houvesse qualquer tipo de preconceito eu não teria essa votação."

Tentando emendar, já sem graça por não ter conseguido fazer a entrevistada - mulher forte que é - vitimizar-se, Canalha saiu-se com uma pior ainda:

"- Mas se você fosse pobre você não teria essa votação... (mas também não estaria pleiteando esse cargo, né?)"

E ela dá outro "coice na classe" no politicamente correto:

"- É, exatamente, mas não é isso. Isso é preconceito: se eu não tivesse recursos eu não poderia patrocinar o Palmeiras."

Ele admite a derrota:

"- É... foi uma brincadeira de mau gosto"...

Eu, que já simpatizava com o Palmeiras, agora virei fã do time e do mito Leila Pereira. Veja:

sábado, 8 de julho de 2017

É preciso saber perder

Vergonhosa a atitude de parte da da torcida do meu Vasco da Gama após a derrota para o arquirrival, em São Januário.

O único prejudicado é o próprio Vasco, que certamente perderá alguns mandos de campo, sem contar o fato de que protagonizar cenas de violência não é bom exemplo para os novos torcedores.

A derrota faz parte do esporte: não fomos roubados, ninguém nos prejudicou, nada de errado aconteceu.

Ocorre que o outro time venceu o jogo na bola e nós, vascaínos, não podemos agir como os rivais agem, sob pena de nos igualarmos àqueles que criticamos: é preciso saber perder.

domingo, 14 de maio de 2017

Cafuringa, Natal e Jairzinho lá na ponta, indignados

No jogo entre Manchester City e Leicester, pelo campeonato inglês, o jogador Mahrez (Leicester), conseguiu uma proeza: fez um gol de pênalti, mas este foi anulado porque ele tocou duas vezes na bola na hora do chute.

Está no Livro de Regras do Futebol (regra 14 - tiro penal):

"Procedimento: (...) o executor do tiro penal não poderá tocar na bola pela segunda vez até que esta tenha tocado em outro jogador.
(...)
Se após a execução do tiro penal o executor tocar na bola pela segunda vez (exceto com suas mãos), antes que essa tenha tocado em outro jogador será concedido um tiro livre indireto para a equipe adversária, que será executado do local onde ocorrer a infração."



Independente de ter sido o escorregão obra do acaso, o fato é que não se pode perder um pênalti assim: em decorrência disso Leicester perdeu o jogo por 2 X 1.

O título da postagem é um dos versos de "In(dig)nação" (Skank, 1992) e faz referência a pontas famosos nos anos 70: Cafuringa (do Atlético/MG, origem do apelido do capitão do penta, Cafu), Natal (do Cruzeiro) e Jairzinho (o "Furacão da Copa", pai de Jair Ventura, atual treinador do Botafogo), que atuavam em posição quase extinta no futebol moderno.

quinta-feira, 13 de abril de 2017

Papagaio que acompanha joão-de-barro vira ajudante de pedreiro: o futebol não pode ser politicamente correto

Trecho do livro "Guia Politicamente Incorreto do Futebol", de Jones Rossi e Leonardo Mendes Jr.
Sem perceber que a zoação entre adversários faz parte da mística do futebol e é inerente ao espetáculo e que sem ela metade da graça do esporte vai embora, parece que em breve a entrada em estádios de futebol será permitida apenas a seminaristas. Não vai demorar e, após uma provocação ou algo assim, ouviremos alguém dizer que o jogador (ou a torcida, como no caso dos gatos pingados ao lado, meme criado pela torcida do Palmeiras) estará praticando "bullying"...


Maicon imita galinha em 2017
Recentemente o jogador Maicon, do São Paulo, fez um gol no Corinthians e saiu imitando uma galinha, porque esse é um dos apelidos dos corintianos: o mundo desabou sobre o cara por causa dessa simples brincadeira. Pior: levou um cartão amarelo. Depois erradamente negou que tivesse imitado uma galinha (tem que segurar a onda)Seria o mesmo que Viola negar que imitou um porco - mascote do Palmeiras - na final de 1993 ao fazer um gol (na ocasião os corintianos gostaram!).. 

Ocorre que um jogador não precisa se arrepender de ser "zoeiro", porque isso não é crime, nem deveria ser punido pelo CBJD ou STJD
Viola imitando porco em 1993

Futebol é para ser jogado sério, com firmeza, na bola, com respeito ao adversário, como qualquer esporte. Mas na hora do gol... tem que extravasar mesmo!!!!! Se toda vez que um jogador comemorar um gol isso for considerado "desrespeitoso" e ele for punido, em breve os artilheiros terão que pedir desculpas aos adversários quando balançarem as redes... 
O fato é que esses jogadores zoaram os rivais mesmo! Só fizeram isso, nada de absurdo - até porque rivais zoam uns aos outros... p
ronto e acabou! Quem não gostar... azar!. Simples assim. 

As últimas polêmicas fabricadas:
1 - após o goleiro Weverton, do Atlético/PR, pedir à torcida do rival Paraná que falasse dele, após seu time conseguir a classificação: foi agredido pelos adversários e, pasme-se, expulso pelo árbitro;
2 - Felipe Melo, o falastrão palmeirense, disse que foi chamado de "macaco" por um uruguaio do Peñarol. Mas disse também que era coisa de jogo e que o adversário pediu desculpas, estando tudo certo entre eles em razão disso... Mesmo assim a imprensa ficou tentando vender a notícia de que teria sido racismo (na verdade seria só injúria racial)

Ora, desde que o futebol existe há provocação! Aliás, Felipe Melo, que sempre foi um mala, hoje em dia é um dos poucos que mantêm a tradição de zoar os adversários no futebol e com isso ganha admiradores. Evidentemente não pode a coisa descambar para a violência, como vira e mexe acontece (se isso ocorrer, cadeia para os bandidos). Agora: o que não tem cabimento é, a título de combater todos os males da sociedade, exigir-se do jogador de futebol e dos torcedores uma conduta puritana!

É preciso saber zoar e saber ficar quieto quando se é zoado! É preciso saber o que é só tentativa de desestabilizar o adversário do que realmente precisa ser decidido pela Justiça Desportiva. Não sendo assim o futebol passa a ser chato, um jogo 
que só pode ser praticado por colegiais, coroinhas e seminaristas, um mimimi sem fim...

Será que quando Ronaldinho Gaúcho simulou jogar uma granada na torcida do Cruzeiro ele estaria incitando a violência contra os celestes? É claro que não!  

Por que botafoguenses podem difundir charges escalpelando o índio símbolo do Colo-Colo, mas ficam ofendidinhos com postagens do rival vermelho e preto no Twitter?
Henrique Dourado
Por que motivo os "matadores" Válter, Cavani e Ronaldinho Gaúcho não poderiam comemorar seus gols imitando um "matador"? Estaria Henrique Dourado, do Fluminense, fazendo apologia às decapitações do Estado Islâmico ao fazer sinal de que cortou uma cabeça?

A FIFA já puniu federações por supostos "cânticos homofóbicos" que nunca foram especificados e eram, na verdade, apenas a torcida pegando no pé de um adversário; o Barcelona já foi punido pela UEFA por seus torcedores usarem bandeiras da Catalunha (!!!???); o Grêmio já foi eliminado da Copa do Brasil porque uma torcedora - dentre 40 mil - xingou o goleiro adversário... e por aí vai... 

Em 99, Robbie Fowler "cheirando" a linha
Como inventar tratar-se de preconceito para negar aos torcedores do Vasco a possibilidade de chamar o rival vermelho e preto (cujo nome não pronuncio) de "mulambada"? Alguém vai dizer que em 1999 Robbie Fowler praticou 'apologia ao tráfico' após "cheirar" a linha de fundo em resposta à acusação de torcedores do Everton de que ele, artilheiro do Liverpool, seria usuário de cocaína? 

Como negar aos rivais a possibilidade de chamar o Vasco de "bacalhau"? Por que o cantor que tuitou que "o Palmeiras não tem mundial" precisa ser execrado, se o Palmeiras - embora reconhecido pela FIFA - não ganhou o mundial nos moldes que os demais times nacionais venceram? 

Palmeirenses zoando R. Oliveira em 2015
Como não zoar os tricolores por causa do pó-de-arroz que seus jogadores passavam no rosto no século passado? Por que motivo a repórter certinha da ESPN (a emissora mais metida a politicamente correta de todas) tem que passar descompostura no torcedor que chamou os adversários de "bichas", como se de homofobia se tratasse, se evidentemente era zoação com os adversários? 

Ricardo Oliveira zoou o palmeirense Fernando Prass e, ao perder a final da Copa do Brasil 2015 para o Palmeiras, foi muito zoado: qual o problema???

Uma excelente definição do que ocorre hoje no futebol nos foi dada pelo filósofo
Casagrande, na Globo:

''Não se pode fazer mais nada no campo de futebol. O César (Maluco, no Palmeiras) nos anos 70 subia na grade, o Neto (nos anos 90) subia na grade, escorregava de joelho, o Viola imitou o porco, Romário fazia com o dedo para a torcida ficar quieta. Agora, o cara não pode espirrar se fizer o gol..."


sábado, 4 de fevereiro de 2017

Uniformes: Botafogo 2017

Seguindo com os uniformes do Campeonato Carioca 2017, hoje vemos a roupa que o  glorioso Botafogo tem se apresentado.
Ao centro está a primeira camisa, em branco e preto, que segue mantendo a tradição do clube e continua bonita como sempre.

Neste ano a segunda camisa, segundo a fabricante Topper, é cinza. Mas em tudo o uniforme parece branco. De forma discreta ela segue o padrão de listras verticais da vestimenta principal, o que ocorre também com o terceiro uniforme, no qual há uma mescla de cinza e preto. Sóbrias e bonitas (e dá para ver o número! Rsrsrs).

No primeiro jogo pela Libertadores 2017 Fogão e Colo-Colo usaram o contraste exigido pela FIFA: mesmo com o primeiro uniforme normalmente tendo meias cinzas, a equipe brasileira corretamente entrou em campo com meias pretas, pois os chilenos jogaram de branco. 
Imagem: UOL Esportes
Há apenas uma observação a se fazer: é praticamente impossível ver o número da camisa 1, porque não há um espaço nas costas em branco (ou preto), como a própria Topper fez em 1999:
Hoje em dia é comum a variação de shorts e meias visando dar aos uniformes um padrão de cores que diferencie bem as equipes. Abaixo temos uma visão geral dos uniformes do Fogão em 2017, inclusive dos goleiros e uma camisa feminina:
Foto: Vitor Silva / SSpress / Botafogo
Por fim, uma interessante história referente a uniformes e que talvez se encaixe na brincadeira "há coisas que só acontecem ao Botafogo". Em 1996, na final do tradicional Troféu Teresa Herrera, nosso simpático Botafogo sagrou-se campeão na Espanha frente à Juventus de Turim. Na época a segunda camisa do Fogão era preta com detalhes em branco e preto no ombro e por isso o árbitro mandou o time brasileiro trocar de camisa: como não havia como usar a primeira, o Botafogo pegou emprestadas as camisas em azul e branco do La Coruña e entrou em campo (na minha opinião confundiu mais, porque afastou o contraste, já que os dois times estavam com camisas listradas na vertical: um de uniforme claro e outro de escuro confundiria menos... rsrsrs). Há quem diga que foi para ganhar o apoio da torcida...
Fontes: Topper, UOL, Mantos do Futebol e Globo Esporte

domingo, 22 de janeiro de 2017

O purgatório do Cariocão: "seletiva" do Campeonato Carioca é imoral e ilegal


No ano passado o Campos Atlético Associação - clube popularmente conhecido como "Roxinho" - conseguiu "na bola" a vaga na série A do Campeonato Carioca de futebol: numa ascensão meteórica, o clube passou pela terceira e segunda divisões e, com todos os méritos,  alcançou a elite do esporte no Estado. Só que não! 

Para fingir que deu a todos os clubes a chance de participar da série A, a FFERJ inventou um Regulamento (leia aqui) que lista o nome dos 16 clubes "participantes" e em seguida prevê uma "fase preliminar", da qual seis times estão participando: os quatro últimos que não caíram para a série B em 2017 e os dois que subiram da série B para a A! Era essa a previsão anterior??? Em vez de disputar o campeonato contra os grandes da capital e as demais forças do interior, esses seis clubes participam do Torneio Purgatório, já que não estão no céu da Primeira Divisão nem no inferno da Segunda.

Desses seis times do Purgatório 2017 só os dois primeiros jogarão, de fato, o Campeonato Carioca: os outros quatro brigarão entre si numa fase debochadamente chamada de "especial" e cujo nome é, sarcasticamente, "grupo X", para saber quais serão os dois clubes que cairão para jogar a série B logo em seguida, em 2017 mesmo (?????)*. Os que não forem promovidos a jogar o Carioca nem rebaixados se mantém no limbo: garantem vaga... no Purgatório 2018, junto com os promovidos da série B de 2017 (que podem ser os mesmos que estavam no Purgatório, foram rebaixados e em seguida jogaram a série B deste ano) e com os últimos colocados da série A deste ano*...

Em virtude dessa enorme confusão é que dos 16 times da Primeira Divisão só 12 a jogarão de fato, sendo que 10 deles estão antecipadamente imunes ao rebaixamento, porque apenas os seis da seletiva podem ser rebaixadosIsso é uma imoralidade! Os clubes que conseguiram ficar na Primeira em 2016 mantiveram o direito de jogar na elite, mas foram rebaixados - não à série B, mas ao purgatório; os times que venceram a Série B em 2016 conquistaram o direito de estar na elite, não foram promovidos à Série A, mas ao purgatórioIsso é uma vergonha, uma virada de mesa, uma sacanagem. Mudar a regra após o jogo ser jogado é uma indecência.

Juridicamente, se a Federação quer um campeonato com 12 times, tem que prever antecipadamente que durante dois anos cairão quatro para a Série B e subirão dois para a A, para que os 16 se tornem 14 e depois 12. Sem entrar nas disposições de natureza fiscal e trabalhista inseridas em 2015, no parte técnica o Estatuto do Torcedor prevê (grifos nossos):

Art. 10. É direito do torcedor que a participação das entidades de prática desportiva em competições organizadas pelas entidades de que trata o art. 5o seja exclusivamente em virtude de critério técnico previamente definido.
§ 1o  Para os fins do disposto neste artigo, considera-se critério técnico a habilitação de entidade de prática desportiva em razão de:       
      I - colocação obtida em competição anterior; e
(.....)
§ 2o Fica vedada a adoção de qualquer outro critério, especialmente o convite (...)

§ 3o  Em campeonatos ou torneios regulares com mais de uma divisão, serão observados o princípio do acesso e do descenso (...):

Se o critério técnico que estava previamente definido quando o Roxinho ficou com o vice da Segundona era que jogaria a Primeira no ano seguinte e não uma seletiva, "fase preliminar" ou outro nome que se dê para disfarçar a mutreta, o fato é que o Regulamento do Campeonato Carioca 2017, além de imoral por desrespeitar os princípios básicos do esporte, é ilegal, porque desrespeitou o Estatuto do Torcedor quando criou o "Purgatório do Cariocão".

OBS: texto em roxo para homenagear o Campos AA.
*Atualizado em 29/01/2017, conforme o esdrúxulo artigo 39 do Regulamento.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

O ganhador do prêmio Puskas 1976: Roberto Dinamite

Em 1976 o maior ídolo do Vasco da Gama em todos os tempos, Roberto Dinamite, fez contra o Botafogo o gol mais bonito daquele ano (e que é considerado até hoje o mais belo já feito no Maracanã)
Se houvesse na época o Prêmio Puskas de gol mais bonito do ano, era só entregar para ele:

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Até quando acerta a FIFA erra

A emblemática imagem do lance do "Ceguinho do Maracanã" mostra que a FIFA sempre teve compromisso com o erro, não com o acerto: mesmo estando a poucos metros do gol, um auxiliar fez questão de não ver que a bola entrou 33 cm num jogo do Vasco da Gama contra um outro time (que curiosamente sempre foi beneficiado por "erros" da arbitragem). Para os milhares de espectadores no local, milhões em casa e para as 20 câmeras da transmissão a bola entrou, mas não se podia ir à beira do campo para olhar o lance no vídeo.

A título de "não inviabilizar a prática do jogo nos lugares onde não é possível usar a tecnologia" ou de "não tirar o elemento humano do jogo", erros grotescos prejudicaram inúmeros clubes e seleções, mesmo em épocas em que as imagens já poderiam ser usadas para evitar que o resultado fosse mudado por conta de incompetência ou má-fé. Sem falar que poderiam ser desenvolvidos programas para ajudar ainda mais, mas os dirigentes sempre resistiram a isso.

Zagueiro (de preto) puxa a perna do atacante (SporTV) 
Início: atacante dentro da área; zagueiro fora (Fox Sports)
Quando finalmente a FIFA acerta e, num jogo da Copa do Mundo de Clubes, pela primeira vez usa o vídeo para auxiliar o árbitro, ocorre algo impressionante: tanto o árbitro assistente de vídeo quanto o árbitro principal viram que houve pênalti (à esquerda) numa jogada, o que não havia sido notado inicialmente... mas eles simplesmente se esqueceram de observar que antes do pênalti houve impedimento (abaixo) do jogador Nishi, exatamente o que sofreu a infraçãoComo é que o mundo inteiro sabe disso, mas os árbitros deixam passar???? 

Pior: em vez de reconhecer o óbvio e afirmar que o sistema está sendo e será aprimorado, a FIFA teve a coragem de soltar uma nota onde defende o indefensável, inventando que Nishi foi considerado "não estar em impedimento por ser incapaz de desafiar o oponente pela bola", talvez porque o lançamento não foi exatamente na direção dele. Mas não há dúvida de que o atacante disputou o lance: tanto o jogador era capaz de desafiar o oponente que deu um tranco nele e depois, indo ambos em direção à bola... sofreu o pênalti!!!! O vídeo:



Em suma: até quando faz o certo, a FIFA faz errado...

Atualização às 15:25 h de 15/12/2016: no segundo jogo importante do Mundial de Clubes, houve outra lambança... veja aqui.
Fontes: SporTV, Globo Esporte, Fox Sports, Veja, Youtube.

sábado, 26 de novembro de 2016

Vasco 2017: a volta dos que não deveriam ter ido

Com a vitória de hoje o Vasco da Gama volta a seu lugar de direito após um "ano sabático" (nós não pagamos à Portuguesa para cair no nosso lugar!): a elite do futebol brasileiro.

Para 20127 é preciso almejar a preparação de um time grandioso, que almeje não apenas permanecer na série A ou conseguir vaga na Sulamericana ou na Libertadores, mas sim vencer todos os campeonatos que participar (o tetracampeonato Carioca - já que vencemos em 2014 (mas fomos roubados), 2015 e 2016 - é quase uma obrigação), isso sim algo condizente com a história do Vasco da Gama.

Que venha a nova temporada!

quinta-feira, 16 de junho de 2016

O impeachment de Dunga - 2

Mesmo antes da saída de Dunga da seleção já era possível perceber que não havia um bom ambiente no grupo: parece que mais ninguém queria vestir a amarelinha e por isso houve uma série de "problemas médicos" que levaram à debandada de vários jogadores convocados para a Copa América.

O novo comandante, Tite, terá à frente um trabalho hercúleo para colocar a estrela da companhia, Neymar, novamente nos trilhos, com foco dentro das quatro linhas. Tirar dele o posto de capitão dado por Dunga já seria um bom começo, porque ele está mais para moleque mimado do que para capitão de seleção: quem disse que a braçadeira dá responsabilidade? Quem disse que a braçadeira tem que ser do melhor jogador? Repare na imagem abaixo que, dos cinco brasileiros que ergueram a Taça do Mundo, nenhum era o craque do time:


Em 58 e 70 Pelé estava em campo; em 62 Garrincha era o craque; 94 foi a copa de Romário e 2002 a de Ronaldo.
Dos jogadores ideais para a armação e o ataque penso o seguinte (da parte defensiva falei na primeira parte da postagem):

Meia-esquerda/meia-direita: talvez sejam os setores com mais opções para o novo treinador. Só precisa observar, por exemplo, que Kaká (Orlando City-EUA) já não rende o que rendia antes (não pela idade, mas pela fase) e que Lucas Lima (Santos) na seleção ainda nunca mostro futebol que justificasse suas convocações. Sempre tive a impressão de que Rafinha (Barcelona-ESP) era convocado mais para não trocar o Brasil por outra seleção** do que pelo futebol, já que não joga regularmente em seu time e é pouco objetivo, apesar de habilidoso.
Willian (Chelsea-ING), Douglas Costa (Bayern-ALE) e Philippe Coutinho (Liverpool-ING), são nomes que não podem faltar, porque fizeram ótimos campeonatos na última temporada, o que não se pode dizer hoje do excelente Oscar, que não está em boa fase na reserva do Chelsea. Nenê (Vasco da Gama) é um meia-esquerda clássico e está "comendo a bola", apesar de seus 34 anos. Ganso (São Paulo) tem futebol para estar na seleção e parece estar voltando a ser mais jogador e menos estrela.
Convocados: Willian, Douglas Costa, Coutinho e Nenê.

Ataque: Neymar precisa ter mais espírito de grupo e parar de dar "migué" inventando suspensões para ir à balada enquanto a seleção passa vergonha. Mas é um dos melhores do mundo e inquestionável dentro de campo. Ricardo Oliveira (Santos) é um goleador nato. Jonas (Benfica-POR), está em excelente fase na Europa, mas pareceu desinteressado na Copa América Centenário, a ponto de perder a vaga para Gabriel (Santos). Fred (Atlético/MG) com "fome de bola" tem vaga no grupo, ainda que tenha jogado mal a Copa de 2014. Dudu e Gabriel Jesus (Palmeiras) têm futebol, mas parecem não ter cabeça para a amarelinha. Hulk (Zenit-RUS) tem disposição para o jogo, só não tem categoria. Lucas (PSG-FRA) é bom jogador, mas individualista demais.
Convocados: Neymar, Ricardo Oliveira, Gabriel e Fred. 

* Lucas Lima - que é muito talentoso - parece sempre pronto a não prestar atenção no jogo, porque dá a impressão de estar mais preocupado em cuidar da própria imagem do que em jogar futebol.
** Rafinha poderia jogar pela Espanha, como seu irmão Thiago (Bayern-ALE)

O impeachment de Dunga - 1

Para o bem de todos e felicidade geral da nação, também Dunga foi afastado do cargo: não se classificar na primeira fase da Copa América é crime de responsabilidade!!!. Fosse eu o presidente da CBF e o treinador da seleção seria o espanhol Pep Guardiola: precisamos aqui do melhor, não de alguém que seja obrigatoriamente brasileiro, porque isso é besteira. 

Mas independente disso o fato é que sob o comando de Tite - este sim o melhor treinador do Brasil - a seleção brasileira (não falo da CBF e seus problemas) tem alguma chance de reencontrar um futebol decente. Concordo com as críticas de Galvão Bueno:

"Vivemos o maior trauma com o 7 a 1, na Copa de 2014, em casa. Mas não se classificar na Copa América, em um grupo com Haiti, Peru e Equador, é uma vergonha quase tão grande quanto aquela. Um desrespeito ao futebol brasileiro, de tantas tradições e conquistas. Vivemos a maior crise técnica e administrativa da história da seleção. Seleção que apresenta confusão tática em campo há muito tempo. O que é ainda mais evidente é a falta de representação junto às entidades que regulam o futebol internacional: saímos de protagonistas para coadjuvantes em um filme que ajudamos a escrever com cinco títulos mundiais".
Embora não se possa deixar de lado a atual necessidade de renovação e resgate da confiança, a regra geral é a de que "seleção é momento": tem que jogar quem está bem, não quem é "promessa" ou "experiente", o mais novo ou o mais velho. O que penso sobre os jogadores ideais para o sistema defensivo da seleção (a parte ofensiva está na segunda parte da postagem):

Goleiros: nunca entendi o porquê de Dunga ter convocado Alisson para ser titular da seleção, se temos muitos goleiros melhores do que ele, que não transmite segurança. Por outro lado, foi certa a decisão de não mais chamar Jefferson, do Botafogo, porque Victor (Atlético-MG), Fábio (Cruzeiro), Marcelo Grohe (Grêmio), Diego Alves (Valencia-ESP), Fernando Prass (Palmeiras) e Júlio César (Benfica-POR) são bem melhores.
Convocados: Victor, Grohe e Prass.

Laterais: do lado direito o melhor da posição é Daniel Alves e dispensa comentários. Muito se insistiu com os fracos Fabinho (Monaco-MON) e Danilo (Real Madrid-ESP), chamados mais por jogarem na Europa do que pelo futebol apresentado, mas o fato é que Fagner (Corinthians) merece uma chance há muito tempo, mas nunca foi além da pré-convocação para a Copa América Centenário (escapou do vexame). Do lado esquerdo a camisa 6 deveria ser cativa de Marcelo (Real Madrid-ESP): perfeito no apoio e que, se não defende tão bem quanto Dani Alves, pelo menos não cria nos torcedores os calafrios que o raquítico Filipe Luís (Atlético de Madri-ESP) causa quando ataca mal e não volta para defender decentemente. O jovem Jorge (que joga naquele time cujo nome não pronuncio) merece uma chance.
Convocados: Daniel, Fagner, Marcelo e Jorge.

Zagueiros: embora o nome de Thiago Silva (PSG-FRA) seja quase uma unanimidade eu não o convocaria, porque ele é emocionalmente desequilibrado, como vimos na Copa 2014 e ao cometer dois pênaltis metendo a mão na bola descaradamente e depois negando a realidade, dizendo que o fato não ocorreu: ele tem "probleminha". David Luiz (PSG-FRA) e Geromel (Grêmio) poderiam estar entre os convocados, mas certamente o supervalorizado Marquinhos (PSG-FRA) não faria parte da minha seleção, porque é ruim demais (bom é o empresário dele!). O ex-corintiano Gil (Shandong-CHI) formaria a dupla titular com Miranda (Internazionale-ITA)Filipe (Porto-POR) é excelente e o polivalente Rafael Vaz (ex-Vasco) poderiam ganhar uma chance.
Convocados: Gil, Miranda, Filipe e David Luiz.

Volantes: meu time joga no 4-4-2, mas sempre é preciso ter variações como o 4-1-3-2, o 4-2-3-1 ou 4-3-2-1*. Casemiro (Real Madrid-ESP) hoje é o melhor da posição; Fernandinho (Manchester City-ING) também tem seu valor, até porque joga tanto de primeiro quanto de segundo volante; o São Paulo tem Thiago Mendes e o Grêmio tem Walace, que estão jogando muito bem e por tal motivo eu não convocaria mais Luiz Gustavo (Wolfsburg-ALE). O segundo volante (ou meio-campo central, conforme a formação tática) hoje tem que ser Renato Augusto (Beijing-CHI), que é um jogador completo e joga também como meia. Ramires (Jiangsu-CHI) é outro coringa** no meio-campo, assim como Elias (Corinthians). Rafael Carioca (Atlético-MG) e Otávio (Atlético-PR) merecem ser observados.


Convocados: Casemiro, Renato Augusto, Elias e Thiago Mendes.

* Essa formação, com três volantes, só contra a Alemanha, por trauma do 7 X 1... kkkkk
** Os jogadores citados têm qualidade para jogar até de líbero, se necessário.