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Imagem: Construtora ARG |
Mas, paradoxalmente, parece que virou "cult" em nossa região falar mal do porto, torcer para que tudo dê errado por lá ou comemorar disfarçadamente qualquer tropeço no andamento das obras ou saúde financeira das empresas que são responsáveis pelo negócio , ainda que isso venha a nos trazer prejuízo a longo prazo: ao contrário da riqueza finita gerada pelo petróleo, o porto tem prazo indeterminado para funcionar (é como falar mal da Globo: há um vídeo compartilhado aos milhares só por causa do rótulo "Pedro Cardoso detona a Globo", embora nele o ator não fale uma vírgula sobre a emissora...)...
A situação mais comum é, mesmo sem saber do que se está falando, marretar o processo de desapropriação. A culpa, como sempre, é colocada no perverso Eike Batista, embora tal procedimento seja previsto em lei desde a década de 40, e seja comum em empreendimentos desse porte: o que não pode é deixar de ser feito um megainvestimento desses porque as pessoas não gostam da ideia de sair de suas terras, o que é da natureza humana mas não tem amparo legal (se as pessoas receberem a indenização devida, têm que sair).
Claro, eu também acho que se as obras geraram a salinização das águas no entorno do porto, é dever da empresa corrigir os danos causados. Além disso, não concordo com a tal transposição do Rio Paraíba do Sul para atender ao porto, mas daí a entrar nessa histeria coletiva e ficar maldizendo um investimento tão grande só para parecer descolado há uma distância quilométrica: em lugar nenhum do planeta um empreendimento tão gigantesco consegue ser colocado em prática sem criar algum impacto ambiental.
Em tempo: Eike Batista é, para algumas pessoas, uma espécie de "inimigo público nº 1". Mas só até o dia em que ele resolver patrocinar o jornal/rádio/TV/blog/revista/ONG ou pagar R$ 5 milhões naquele terreninho que vale R$ 50 mil...