Por trabalhar na Justiça Eleitoral, evito citar nomes de políticos e/ou partidos políticos brasileiros (embora eu pudesse fazê-lo sem problema algum, pois sou um cidadão como outro qualquer: o Código de Ética do TRE/RJ não tem vedação nesse sentido, porque o fato de ser servidor público não retira minha liberdade de expressão).

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Hierarquia familiar: a base da sociedade

Vou reproduzir aqui uma postagem que fiz no fim de semana, no Facebook e que rendeu comentários bastante interessantes. Na ocasião citei que numa reunião de pais, um deles disse à professora:

"- Eu pago a escola para vocês educarem o meu filho".

Ao ver que a professora ficara sem ação ante à afirmação, outro pai levantou-se e disse:

"- Calma aí, amigo: a obrigação de educar as crianças é da família. A escola complementa, mas quem tem que educar nossos filhos somos nós".

Estou com o segundo: não transfiro a ninguém a obrigação ...- que é minha - de educar meus filhos. Aliás, nossa sociedade está do jeito que está por causa disso: a família não educa mais as crianças (e as deixa fazer tudo que querem) e quer que a escola cumpra essa função, mas ninguém quer dar ao professor a autonomia necessária - e que sempre teve - para corrigir as crianças quando for preciso, para não causar "traumas" nos pequenos.

Ora... quando criança várias vezes fiquei além do horário copiando "não devo fazer isso" ou "não devo fazer aquilo" e não tenho trauma algum. Apenas pensava: "não posso mais fazer isso, para não ter que ficar aqui depois do horário".

Isso ajuda na educação, mas hoje em dia algumas escolas não usam mais caderno de caligrafia, não corrigem as provas com caneta vermelha e só tem - no máximo - a tal "cadeirinha do pensamento", que não corrige ninguém: assim não dá.


Eu, que não sou pedagogo nem psico nada, fiquei feliz ao ver que ainda existem pessoas que militam na área da educação infantil e que não compactuam com a frescura que tomou conta das salas de aula nos últimos tempos. 


Se a Pedagogia tira do professor a autoridade de corrigir o aluno (não defendo a palmatória, claro), como a professora vai ensinar o que é certo a uma criança de dois, três anos?
Bobo é quem quer que o filho seja "tratado a pão-de-ló": acaso a idade adulta vai recebê-los assim???
Alguns comentários feitos na ocasião:

"Já fiquei de castigo numa sala fechada com o colega que tinha brigado a socos e estou aqui com quase cinquenta e muito bem. Apoiado, Marcelo: meu filho minha educação!" Marcos Valério

"O meu está com 9 anos e falo pra professora fazer o que for necessário e apoio em tudo!!! Escola e Família têm que ser uma parceria! Juliana Alves

"Pai, a sua conscientização é surpreendente no processo educacional. Gostaria que outros pais valorizassem a educação dos seus filhos como você. A escola está recebendo alunos e assumindo o papel que não pertence só a ela: a cartilha de educação é feita pela família e não somente pela a escola. Acima da educação vem a hierarquia familiar que todos os filhos deveriam saber e os pais se posicionarem em relação ao seu papel." Nilcéa

Agradeço a todos os amigos que comentaram (citei apenas alguns).

Aualmente vê-se tanta criança praticamente "dando na cara" dos pais... e ninguém faz nada! 


E ainda me vem uma cidadã como a tal de Xuxa (aquela que em 1979 fez uma filme pornô com um menino de 12 anos) e quer a aprovação de uma lei que proíba os pais de darem uma palmada nos filhos???? O Código Civil já proíbe o castigo imoderado, gente.

Minha preocupação é: aonde vai parar nossa sociedade com tanta liberdade (e tantos direitos) que se dá às crianças de hoje?

Um comentário:

  1. Minha preocupação é aonde vai parar nossas crianças quando não mais existir a escola, ou melhor uma escola que possa agir de maneira correta.

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