Por trabalhar na Justiça Eleitoral, evito citar nomes de políticos e/ou partidos políticos brasileiros (embora eu pudesse fazê-lo sem problema algum, pois sou um cidadão como outro qualquer: o Código de Ética do TRE/RJ não tem vedação nesse sentido, porque o fato de ser servidor público não retira minha liberdade de expressão).

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Em defesa da igualdade

Algumas pessoas dividem tudo no mundo entre bons - aqueles que concordam com elas - e maus - os que discordam delas - mas vou morrer defendendo o direito que todos têm de discordar.
Daí decorre aquele comportamento politiqueiro de jogar nordestinos contra sulistas, brancos contra negros, portadores de deficiência (não encham o saco dizendo "é portador de necessidades especiais", ok?) contra não portadores, homens contra mulheres, heterossexuais contra homossexuais, "progressistas" contra "retrógrados" e depois posar de defensor das minorias. Essa tática rende votos, é verdade, mas em nada auxilia na busca da igualdade e aos poucos vai minando a democracia.
Eu tenho amigos de todos os tipos. DESAFIO qualquer pessoa neste mundo a provar que eu trato ou um dia tratei mal alguém por ser pobre ou evangélico, umbandista, negro, mulher, homossexual, idoso ou até mesmo flamenguista (rsrsrsrs... sou casado com uma, embora considere uma grande ofensa... kkkk). DESAFIO qualquer um a provar que algum dia na vida tive algum comportamento preconceituoso, machista, homofóbico (lembrando: ter opinião não tem nada a ver com os assuntos que citei) ou de violência contra as mulheres.
Respeito todas as escolhas que as pessoas fazem para suas vidas, porque tenho as minhas e não aceito interferência. Defendo com unhas e dentes o direito que as pessoas têm de discordar de mim, de serem homossexuais, evangélicas, umbandistas e até mesmo flamenguistas (rsrsrs).
As pessoas têm até o direito de participar da "marcha das vadias"... só não têm o direito de exigir minha concordância. Pode-se exigir que eu não vá lá impedir a tal marcha (porque não tenho esse direito), mas não podem exigir meu aplauso (porque eu tenho esse direito).
É por essas e outras que digo: não me venham com essa história de que este ou aquele grupo deve ter mais direitos que os demais, que aí não dá: vou morrer defendendo a igualdade - e não falo aqui de distorcer os fatos e o Direito para, fingindo buscar a igualdade real, buscar privilégios...

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