Por trabalhar na Justiça Eleitoral, evito citar nomes de políticos e/ou partidos políticos brasileiros (embora eu pudesse fazê-lo sem problema algum, pois sou um cidadão como outro qualquer: o Código de Ética do TRE/RJ não tem vedação nesse sentido, porque o fato de ser servidor público não retira minha liberdade de expressão).

sexta-feira, 25 de março de 2016

O Fardo de Nossos Tempos

Em análise impecável (e atualíssima), disse Hannah Arendt em 1951:

"O governo totalitário, como todas as tiranias, certamente não poderia existir sem destruir a esfera da vida pública, isto é, sem destruir, através do isolamento dos homens, as suas capacidades políticas. Mas o domínio totalitário como forma de governo é novo no sentido de que não se contenta com esse isolamento, e destrói também a vida privada."

O que se tem visto nos dias de hoje é que as pessoas de bem se deram conta de que precisam lutar não apenas para combater aqueles que destroem a vida pública, mas também para evitar a falência da vida privada de cada família, decorrente da indevida e inconcebível intromissão do Estado naquilo que só ao cidadão cabe.

* Arendt, Hanna. Origens do Totalitarismo, p. 526. Schocken Books, 1951. Trad: Raposo, Roberto. Cia das Letras, 1989.

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