Por trabalhar na Justiça Eleitoral, evito citar nomes de políticos e/ou partidos políticos brasileiros (embora eu pudesse fazê-lo sem problema algum, pois sou um cidadão como outro qualquer: o Código de Ética do TRE/RJ não tem vedação nesse sentido, porque o fato de ser servidor público não retira minha liberdade de expressão).

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

É preciso saber perder: a irritante cobertura tendenciosa da imprensa em relação a Donald Trump

FMB/Veja - Shannon Stapleton/Reuters
Quando ocorrem eleições num país/estado/cidade normalmente a posse do eleito - a não ser que se trate de reeleição - é aguardada com ares de esperança, de melhores tempos, de renovação. Afinal de contas, a vontade popular manifestada de acordo com as regras do jogo democrático sempre há de ser respeitada e faz parte desse jogo que os perdedores têm que se render à vontade da maioria.

Porém, no caso da eleição de Donald Trump, desde o início ocorreu o contrário: os especialistas insistiram em dizer primeiro que Trump não venceria as prévias entre os republicanos; depois a conversa foi no sentido de que, sendo candidato, nem os republicanos o aturavam (se não, por que o escolheram???) e ele teria que renunciar à corrida presidencial; não tendo ocorrido isso, passaram a dar como certa a vitória da democrata Hillary Clinton, que fez uma campanha pra lá de vitimista e populista (como é comum a todos que se flertam com a esquerda). Ocorre que Trump venceu a eleição na maioria dos estados americanos e tornou-se o Presidente: esse é o fato!

Como cada dia mais - em vez de se modernizar e cumprir sua função de informar de forma isenta - boa parte da imprensa prefere viver num mundo distante da realidade, onde sua função não seria informar, mas impor à sociedade os valores que são importantes nas redações

Como Trump não é exatamente o queridinho da imprensa, as manchetes sobre ele são sempre tenebrosas, em tom suspeito, calunioso (com exceção de poucos, como Felipe Moura Brasil): notícias requentadas e desmentidas há meses são tratadas como se fossem novidade; manifestantes que simplesmente não aceitam a derrota são tidos como heróis da resistência; traduções são intencionalmente distorcidas; dossiês sabidamente falsos são revelados como se fossem verdades que tirariam o republicano da Casa Branca; a toda hora se vê racismo, preconceito ou discriminação em tudo que o novo Presidente faz; o declarado combate aos imigrantes ilegais, que todo país faz, é tratado como se fosse xenofobia, mesmo sendo Trump hoje casado com uma imigrante; opiniões de artistas são mostradas como se fossem a voz do povo; se Trump reclama de "fake news" (notícias falsas) é mostrado como alguém que não respeita a liberdade de imprensa, o que nunca se falou de Barack Obama, mesmo quando ele detonava a Fox... sem contar no tom triunfalista em que era mostrada a campanha dos democratas (em contraste com o tom fúnebre que sempre relatava os comícios dos republicanos), agora substituído, sempre, por um olhar de reprovação dos jornalistas quando se fala algo sobre o hoje Presidente.

Isso é uma vergonha!

Um comentário:

Este é um blog de opiniões.
As postagens não são a tradução da verdade: apenas refletem o pensamento do autor. Os escritos podem agradar ou desagradar a quem lê: nem Jesus Cristo agradou a todos...

Eu publico opiniões contrárias à minha, sem problema algum. A não ser que eu o faça expressamente, o fato de liberar um comentário não quer dizer que eu concorde com o escrito: trata-se apenas de respeito à liberdade de expressão, que muito prezo.

Então por gentileza identifique-se, não cite nomes de políticos nem de partidos políticos brasileiros, não ofenda ninguém e não faça acusações sem provas.

OBS: convém lembrar que a Constituição proíbe o anonimato. Assim sendo, não há direito algum para quem comenta sem assinar: eu libero ou não o comentário se achar que devo.