Inevitável notar que os jovens de hoje são intimidados para que adiram às ideias marxistas e não discordem do posicionamento de grande parte dos professores (não todos, claro!): no geral quem quer aprovação na escola, boa nota na redação do ENEM ou sobreviver aos bancos da faculdade é praticamente obrigado a rezar pela cartilha vermelha ou, no mínimo, ficar quieto. Caso contrário será tido como "fascista", "autoritário", "imperialista", "filhote da ditadura" ou coisa que o valha2, sendo considerado carta fora do baralho, como a adolescente que defendeu o capitalismo e tirou nota zero, só recebendo nota quando a mãe questionou a escola.
O movimento Escola Sem Partido visa o bem das futuras gerações, pois pretende livrá-las da doutrinação marxista nas escolas. Pode-se, claro, debater os pontos defendidos; mas o ideal é, sem dúvida, bom para a sociedade: não se pretende doutrinar alunos com concepção política alguma e, evidentemente, não busca "impedir o debate em sala de aula", "tolher a liberdade de expressão dos professores3" nem "questionar a transmissão dos saberes" ou vem a ser "contra a escola plural", "ameaça à possibilidade de uma argumentação aberta e franca" em sala de aula ou "um ataque à educação como um todo", como dizem seus detratores, que estranhamente defendem que "a escola deve estimular o aluno a tomar partido" (desde que seja o deles, claro!).Curiosamente a Constituição prevê não só que a educação visa o exercício da cidadania – algo sempre citado pelos marxistas – mas também que deve haver pluralidade de idéias no ensino e participação da sociedade (não está escrito "ONG's", "movimentos sociais" nem "coletivos"), o que os camaradas caprichosamente deixam de lado. Veja que maldade:
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
"De um lado, atuam grupos sociais espontaneamente organizados, dependentes apenas do idealismo e do civismo de seus membros. Mobilizam-se contra o uso político, ideológico e partidário do sistema de ensino. (...) No outro lado desse confronto estão os que, ao longo de sete décadas, numa continuada ação de pirataria intelectual, se foram apropriando dos instrumentos essenciais do ensino em nosso país."A parte inicial do nome da postagem é um dos versos de Torquato Neto e Jards Macalé em "Let's Play That", gravada pelo último em 1972.
1 - Marxistas vivem a arrotar superioridade moral e intelectual, sempre exigindo tolerância às suas idéias, mas nunca tolerando qualquer discordância. Experimente dizer-lhes a verdade (por exemplo: que Paulo Freire não atuava, em verdade, como pedagogo que era e sim como ativista político, que usava a luta de classes da tal "Pedagogia do Oprimido" visando implantar uma silenciosa revolução socialista)...
2 - Por isso é tão difícil dizer aos gramscianos - metidos a democratas como ninguém - que nada há de mais fascista no mundo do que... o pensamento gramsciano!!!
3 - No exercício profissional o professor tem assegurada pela Constituição a liberdade de cátedra, com a liberdade de expressão tomando lugar secundário, genérico: o professor entra em sala para dar aula, não para falar do que bem entende (por isso que há um programa a ser seguido). Exemplo disso ocorreu no ano passado em Almirante Tamandaré-PR, quando um professor cobrou dos alunos em prova posicionamento favorável à greve dos professores e hostil a seus adversários políticos e ideológicos.
É válido desde o momento em que não limite os debates em sala de aula. Como estamos no Brasil, dificilmente isso vai adiante. Se for, os alunos ficarão limitados aos debates sim.
ResponderExcluirNão, não se pretende limitar os debates em sala.
ExcluirO que limita o debate é a atitude dos professores marxistas: ou se escreve o que eles querem ou se garante uma nota zero.