Os estarrecedores atentados
terroristas em Paris deixaram clara a existência de uma guerra entre o mundo
civilizado e a barbárie representada pelo Estado Islâmico (EI). O Presidente da
França corretamente fechou as fronteiras do país, decretou medidas de exceção e afirmou que foi uma declaração de guerra.

Por que alguém ainda acha
que é possível dialogar com gente que parte para atentados terroristas com
coletes de explosivos presos ao corpo, para em caso de serem pegos detonarem a
si próprios, tirando ainda mais vidas? Como prender essas pessoas? Como usar com
eles os mesmos direitos que o mundo civilizado tanto preza, se tais direitos
visam a preservação da vida, quando eles os usam para ceifar a vida de inocentes?
Quando esse mesmo grupo
praticou o atentado contra a sede do jornal Charlie Hebdo houve quem culpasse
as vítimas pelas charges que faziam, acusando-as de praticar “crime de ódio”
quando apenas exerciam a liberdade de imprensa. É claro que todo direito tem
limite, mas a civilização coíbe os excessos pela caneta do Juiz, não pelo
gatilho de fuzis: se alguém faz discurso de ódio são os extremistas, que
conclamam as pessoas a matar quem diz ou escreve coisas das quais eles
discordam. Observe: por que motivo as redes sociais bloqueiam, por exemplo, o
perfil de alguém que manifeste uma opinião supostamente “de ódio”, mas permitem
que o EI faça propaganda sistematicamente por todo o mundo? Cadê a hashtag "#SomosTodosParis"???
Tendo em vista o fato de
que a inteligência francesa levantou informações de que alguns dos terroristas
entraram no país em meio aos refugiados vindos da Síria (até eu, que não sou
especialista, já intuía isso), em breve começarão as fraudes intelectuais
tentando culpar a França pelos atentados. O roteiro será culpar o nacionalismo,
o preconceito e a islamofobia. Pois bem: nacionalismo não é algo ruim e, ao
contrário, é fundamental – desde que sem exageros – para a união de um país;
acusar os demais de preconceito e discriminação é, no mais das vezes, uma forma
de fugir do debate sério, atribuindo à parte contrária uma pecha quase inafastável;
islamofobia é um termo usado para, em geral, criticar apenas o natural medo
causado pelos radicais jihadistas, como se alguém tivesse algo contra a
religião como um todo, o que não é verdade. Recorrendo ao terrorismo, o grupo somente cria (ou se reforça) aquilo que eles dizem combater... mas é mentira: eles ao menos têm uma causa.
O fato é que não se pode
mais fugir da guerra ao terror: é preciso vencer o Estado Islâmico, permitindo o
retorno dos refugiados sírios (e demais) à sua nação e que os países do Oriente
Médio possam se reencontrar com os caminhos que eles próprios decidiram e
decidirão trilhar. Como os jihadistas do EI acham que morrem como mártires e
não têm o menor apreço pela vida humana, o único antídoto possível é usar o
veneno deles próprios, porque não é possível encontrar paz onde não há espaço
para a paz.
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