Por trabalhar na Justiça Eleitoral, evito citar nomes de políticos e/ou partidos políticos brasileiros (embora eu pudesse fazê-lo sem problema algum, pois sou um cidadão como outro qualquer: o Código de Ética do TRE/RJ não tem vedação nesse sentido, porque o fato de ser servidor público não retira minha liberdade de expressão).

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Bonner e os robôs partidários

Se temos a liberdade de imprensa como valor, é preciso deixar os jornalistas trabalharem em paz. William Bonner é o âncora do telejornal mais visto do país e isso parece despertar uma certa inveja em muitas pessoas.

Não sou daqueles que coloca a imprensa como um "quarto poder": há um padrão médio de comportamento esperado para a atuação jornalística (não falo em neutralidade e sim em isenção) e as entrevistas do Jornal Nacional com os presidenciáveis não destoaram muito entre si. 

Ocorre que "quem está na chuva é para se molhar". Quem não quer responder perguntas embaraçosas que não se candidate à Presidência da República! Se os candidatos responderam bem ou mal é questão de competência - ou incompetência - de cada um.

Interessante é notar que as maiores reclamações vieram dos que foram tratados de forma mais branda por William Bonner (não acho que isso tenha sido premeditado), que deu menos tempo de resposta (não estou "chutando": há prova disso) e foi muito mais agressivo nas primeiras entrevistas. 

A resposta dele foi irônica, listando algumas perguntas que deixariam os "robôs partidários" felizes se fossem feitas a seus candidatos de coração:

"1. Qual sua cor favorita?
2. Qual sua estação preferida do ano?
3. Um ídolo?
4. O que falta ao Brasil?
5. Para que serve mesmo a imprensa?
6. Aceita um cafezinho?"

Fonte: Constantino, Rodrigo. Bonner Esculacha os Robozinhos Partidários e os Blogs Sujos. Veja Online. São Paulo, 20 ago 2014.

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